domingo, 5 de junho de 2016

Um relato breve

Ah, quem me dera meu nome fosse Francisco
Daí que eu seria alegria em meio a dor,
Vida em meio à seca,
Poesia em meio à violência e a ignorância,
Fé e compaixão de ante da desesperança.

Ah, quem me dera eu fosse herói!
Fosse Virgulino
Fosse arte, de nome Vitalino

Um apaixonado errante
Mesmo errando, nunca enganado

Tivesse eu peito pra receber as balas
Da hipocrisia e zombar de seu fedor

Mas só me encontro entre as letras

E por essa veredas travo minhas
Mais sórdidas e limpas batalhas

Vivo por ter sonhos
Mesmo distante, neles me inspiro

Escrevo, não nego
Preciso.
   

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