sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Quem sou

Identidade: uns criam; outros a encontram; inventam, descobrem...
Eu? Eu quero é fugir dela por uma estrada bem longa e lenta,
só para sentir o vento tocar as mil faces que o tempo me dará.

Genoma Literário

Minha paixão é Clara
Minha saga é de Holanda.
Santo pra mim é João.
Alegria pra mim é Lua.
Com os ventos da poesia batendo em meu peito eu me sinto Gilberto.
Firmeza pra mim é Braga
Bandeira da minha terra é Manuel
No Ribeiro é que mato minha sede.
Minha alegria é de Nascimento.
Eu quero mais é um Grande Encontro com o Clube da Esquina
Onde Antigos e Novos Baianos se percebam Mutantes
E que saindo da Cartola - nada de coelho - um Sargento e um Cavaquinho
Á luz de Candeia sobre Patativa cantando a beleza desse povo bem representado.

sábado, 16 de maio de 2015

Por mais que.

É quando o silêncio vem que temos noção dos sons
Ele é uma companhia interessante
Pode nos provar tantas coisas sem dizer uma palavra
Apenas abrindo uma janela.
O silêncio pode nos provar a nossa força ou a falta da mesma.
Só é uma condição natural, a comunhão é que é construída.
Encontrar-se sem alguém ao seu lado pode ser revelador: ainda há você.
De fato, de fato mesmo, talvez seja o mais importante aprender a contar consigo.
O silêncio é o mestre do (des)encanto.
Isso é você quem pode escolher.
Obrigado, calmo senhor.
Mas meu coração...
Ah, esse é do povo e eu sou do vento.





domingo, 29 de março de 2015

Ser

É tarde. Logo já começam a cair os primeiros pingos d’água. E, rapidamente, aquele emaranhado de gotas se forma.

Aberto na página 123, o livro de crônicas me fez ver quantas vezes esqueço de que também sou gente, ou que, fora do meu cego mundo, existem pessoas.

Meu filho com, toda inocência, brinca com seus pequenos e frios carrinhos - ora, frios não em sua viva mente - no chão da sala.
Ao reler A Última Crônica, surge o brilho em meus olhos da primeira lágrima, que logo se torna um veio sobre a superfície de meu rosto.

Curioso meu filho pergunta:
-“Pai, por que choras?”
Ele sempre ouviu dizer que isso não é coisa de homem.

Neste momento lembrei-me da fala de meu velho pai (fã dos contos da távola e do fin’amour):

- “Sem honra e nobreza, é aquele que não sabe sentir o valor, o sabor e o poder do caminhar de uma lagrima sobre a pele: é o menor dos homens.”

São Gonçalo 2010

Encontro consigo

Ando tão cheio de dúvidas que...
É tudo tão sem sentido.

Estou amarrado as minha dúvidas, e estas não me dizem onde me meti.
Todos os castelos que construí em minha vida, desde os mais simples até os mais 'versalianos', se desfizeram em meio às chuvas de questionamentos - meus até.

Hoje vejo que foi perda de tempo.
Demorei para perceber que o melhor teto para minha moradia é o céu, o qual pendula entre nuvens e estrelas.
Paredes, só após o horizonte. E como base, apenas o bom e velho chão.
Chega de tudo, até de mim. Liberdade.

                                                                                                                     
                                                                                             São Gonçalo  2010

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Lição

           E o que diferencia o menino de um homem
é que esse sabe o que  faz quando o faz.
Já aquele quando faz, se certo ou não, nem percebe o que, é um menino apenas.
          Talvez saber dosar ora com porções de menino e sua ingenuidade,
ora com porções de homem sua maturidade, seja a mais correta e justa forma de se viver e agir.
          A questão principal é: Quando?
Quando devo ser homem?!
Quando devo ser menino?!
         Lidar com a multiplicidade nos é difícil.
O que fazemos é lançar mão de uma dualidade que nos limita tanto quanto a inação, 
as vezes nos levando ao extremo de '8 ou 80'.
         Não me nego essa condição, tenho muito de menino e de homem.
Talvez sejam a mesma coisa, e eu é que não compreenda.
         Se quando tive de ser homem, fui criança, perdão.
Se quando tive der ser criança, fui adulto, desculpe-me. 
Não aprendi a distinguir entre o sonho e o real.
         Mas ambos em mim falam uma coisa em comum:
Perdoe-me.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Concluindo...

Mesmo
Sem enxadas, sem pá
Sem foice, sem chaves
Sem martelo, sem espadas
Sem megafones, sem microfones
Ainda me restando alma,
sonho, lápis e papel,
Estarei movendo terras
desbravando e abrindo caminhos
Firmando ideias ou não, cortando amarras
Ecoando por todos os cantos.
Dentro de cada mente, permeando cada bom gesto.
O ser não é aquilo que vai com a morte.
É o que se deixa enquanto vivo.
Prazer. Mensagem

Escolha

Caminhando pela vida
Eu me encontro com várias emoções.
Entre todas elas, fico com uma:
Viver.
O resto é consequência.