sábado, 31 de maio de 2014

Do que me fazer crer


Graças a ti, doce menina,
Que tanto me inspira,
É que minh’alma suspira
Por tal beleza feminina.

Tanto é, que de minha mente
Foge a razão ao ver-te chegar,
De meigo o rosto sorridente,
e tão doce perfume no ar.

Sei que escravo sou,
Nada disso posso negar.
E em sacrifício meu peito te dou,
Mas que nada me deixes faltar.

Nada, que não seja teu rir
Teu ser, o amar e o ver,
Tocar, sentir e ceder: ascender
Para que eu possa existir.

Amo-te, não por alguma razão,
Certo de que o amor não tem por quê.
Se assim o for, é interesse ou só ilusão.

Amar é fato que não se explica para o que crê.