Graças
a ti, doce menina,
Que tanto me inspira,
É
que minh’alma suspira
Por
tal beleza feminina.
Tanto
é, que de minha mente
Foge
a razão ao ver-te chegar,
De
meigo o rosto sorridente,
e
tão doce perfume no ar.
Sei
que escravo sou,
Nada
disso posso negar.
E
em sacrifício meu peito te dou,
Mas
que nada me deixes faltar.
Nada,
que não seja teu rir
Teu
ser, o amar e o ver,
Tocar,
sentir e ceder: ascender
Para
que eu possa existir.
Amo-te,
não por alguma razão,
Certo
de que o amor não tem por quê.
Se
assim o for, é interesse ou só ilusão.
Amar
é fato que não se explica para o que crê.