quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Por que isso aconteceu?

Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão unido hoje em dia se perdeu.
Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão bonito da sua história se esqueceu.

Não sabem de onde vêm. Muito menos pra onde vão.
Perderam sua raiz, esqueceram do Sertão.
Já não cantam  mais beleza da flor do Mandacaru
Desconhecem a magia do som do Maracatu
Não conhecem Patativa e o seu lindo Cordel
Só me resta a alternativa de clamar a deus do céu.

Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão unido hoje em dia se perdeu.
Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão bonito da sua história se esqueceu.

De Jackson e seu pandeiro não se ouve mais falar
E de Mestre Vitalino não querem se orgulhar
São ingratos com a chuva e o que ela faz nascer no chão
Ignoram a coragem e luta de lampião
Saudoso João do Vale já não pisa na fulô
Pastinha e Valdemar esquecido em meio a dor.
Lua, rei do Baião, lá no céu vive a chorar

Pedindo com muita fé pro seu povo se encontrar.

Volta!


Desde que ele se foi
Todo o sertão chorou.
E o povo aperreado,
num verso então gritou:
E agora a nossa dor
Quem é que vai cantar?!
Foi-se embora seu sorriso e o brilho no olhar.

Mas...

Volta, volta, volta, seu Luiz.
Volta. Ouça o que essa gente diz.
Volta. E volta, volta, seu Luiz.
Vem fazer o povo feliz.

A velha sanfona branca.
No quengo o seu gibão.
E a sua voz doída,
Que toca o coração.
A asa branca leva ao céu
Um canto de saudade.
Deixa ele voltar, meu deus,
Pra trazer felicidade.  

Volta, volta, volta, seu Luiz.
Volta. Ouça o que essa gente diz.
Volta. E volta, volta, seu Luiz.
Vem fazer o povo feliz.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Convicção


Alguém concorda que ador vem do erro de amar?
Alguém realmente acha que amar é um erro?!
Oxalá, eu nunca esteja certo.  

Aprendizado II

Quanto mais corri, mais atrasado estive.
Quanto mais desejei, menos tive.
Quanto mais falei, menos me ouviram.
Quanto mais tentei lembrar, menos esqueci.
Quando menos eu me quis, 
O mundo me deu a vida de presente. 

                                                                         Obrigado a você.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aprendizado

Há de nascer o dia em que eu acordarei.
Não o dia em que o sol voltará a brilhar,
pois ele nunca deixou de fazê-lo.
E de novo  sentirei o perfume das flores,
Não que elas tenham murchado.
E nesse dia ouvirei outra vez o canto
de todas as aves como uma filarmônica.
Deixarei minha dores no passado.
Mas quando será?
Foi ontem, é hoje.
Graças ao deuses, é relativo o tempo.
Cabe então à minh'alma deixar passar.
Enquanto isso, faço de cada passo
uma maior distância do que ficou
Casa cheia não abriga mais ninguém.
Bem vinda, alegria.

Em agradecimento à Juliana.