terça-feira, 6 de agosto de 2013

reflexão

Ah, quem me dera meu nome fosse Francisco!
Daí que eu seria alegria em meio à dor,
Vida em meio à seca,
Poesia em meio à violência e ignorância,
Fé e compaixão diante da desesperança.

Ah, quem me dera eu fosse herói!
Fosse Virgulino.
Fosse arte, de nome Vitalino.

Um apaixonado errante
Mesmo errando, nunca enganado.

Tivesse eu peito pra receber as balas de hipocrisia e zombar de seu fedor

Mas somente me encontro entre as letras.
E por essas veredas conduzo minhas mais sórdidas e limpas batalhas

Vivo por ter sonhos.
Mesmo distante, neles me inspiro.

Escrevo, não nego.
Preciso.


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