domingo, 29 de dezembro de 2013

Camile


E por tal doce sonho,
É que meu peito se atreve
A deixar que o vento o leve
Nesse amor risonho.

A que ponto me tenho posto!
Perco a fala, o controle e a razão
Quando sinto o toque de sua mão
Ou, apenas, vejo o seu rosto

Esse amor é forte e nobre, não minto
É doçura, verdade e paixão
Se per perguntarem qual é a razão,

Não sei dizer apenas sinto.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Simplesmente assim

Ela me encanta. 
E eu já não sei mais pra onde ir.
Estou perdido? Não.
Vou em direção ao seu sorriso

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Elle qui m'a.

Pour A. Cortez.

Je vous assure: Elle est mon amour. 
Son corps c’est une chose du mal, divine.
Dans son bras, je suis perdu, je suis sauvé.  
Quand  mon corps touche sa peau,
M’âme s’élève. Je suis.
Je veux son amour tous les jours. 
Ma petite, elle aime comment un assassine.
Et moi, je me donne comment une victime heureuse.
Alors tous mes peurs ont passés.
Et sur elle, moi, je veux m’achever.  

                                                                                                     

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Por que isso aconteceu?

Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão unido hoje em dia se perdeu.
Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão bonito da sua história se esqueceu.

Não sabem de onde vêm. Muito menos pra onde vão.
Perderam sua raiz, esqueceram do Sertão.
Já não cantam  mais beleza da flor do Mandacaru
Desconhecem a magia do som do Maracatu
Não conhecem Patativa e o seu lindo Cordel
Só me resta a alternativa de clamar a deus do céu.

Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão unido hoje em dia se perdeu.
Ai meu deus, por que isso aconteceu?
O meu povo tão bonito da sua história se esqueceu.

De Jackson e seu pandeiro não se ouve mais falar
E de Mestre Vitalino não querem se orgulhar
São ingratos com a chuva e o que ela faz nascer no chão
Ignoram a coragem e luta de lampião
Saudoso João do Vale já não pisa na fulô
Pastinha e Valdemar esquecido em meio a dor.
Lua, rei do Baião, lá no céu vive a chorar

Pedindo com muita fé pro seu povo se encontrar.

Volta!


Desde que ele se foi
Todo o sertão chorou.
E o povo aperreado,
num verso então gritou:
E agora a nossa dor
Quem é que vai cantar?!
Foi-se embora seu sorriso e o brilho no olhar.

Mas...

Volta, volta, volta, seu Luiz.
Volta. Ouça o que essa gente diz.
Volta. E volta, volta, seu Luiz.
Vem fazer o povo feliz.

A velha sanfona branca.
No quengo o seu gibão.
E a sua voz doída,
Que toca o coração.
A asa branca leva ao céu
Um canto de saudade.
Deixa ele voltar, meu deus,
Pra trazer felicidade.  

Volta, volta, volta, seu Luiz.
Volta. Ouça o que essa gente diz.
Volta. E volta, volta, seu Luiz.
Vem fazer o povo feliz.


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Convicção


Alguém concorda que ador vem do erro de amar?
Alguém realmente acha que amar é um erro?!
Oxalá, eu nunca esteja certo.  

Aprendizado II

Quanto mais corri, mais atrasado estive.
Quanto mais desejei, menos tive.
Quanto mais falei, menos me ouviram.
Quanto mais tentei lembrar, menos esqueci.
Quando menos eu me quis, 
O mundo me deu a vida de presente. 

                                                                         Obrigado a você.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aprendizado

Há de nascer o dia em que eu acordarei.
Não o dia em que o sol voltará a brilhar,
pois ele nunca deixou de fazê-lo.
E de novo  sentirei o perfume das flores,
Não que elas tenham murchado.
E nesse dia ouvirei outra vez o canto
de todas as aves como uma filarmônica.
Deixarei minha dores no passado.
Mas quando será?
Foi ontem, é hoje.
Graças ao deuses, é relativo o tempo.
Cabe então à minh'alma deixar passar.
Enquanto isso, faço de cada passo
uma maior distância do que ficou
Casa cheia não abriga mais ninguém.
Bem vinda, alegria.

Em agradecimento à Juliana.

sábado, 17 de agosto de 2013

Puro momento puro

Sem fronteiras e sem barreiras 
Mergulhando fundo no universo alheio para se encontrar
Em meio a palavras doces e selvagens,
Em meio ao suor e o aroma.
Toques  e retoques são tudo
O ápice dentro do ápice
É bom, muito bom
É verdade, mesmo que momentânea.
E tudo se refoga em banho morno
Até a hora de um novo deleite


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Receita

Um papel e uma caneta.
Isso e nada mais é necessário para mudar o mundo, meu mundo.
Inspiração e calma.
Assim componho a receita de um texto não precisamente belo, mas verdadeiro e profundo.
O poema é um local de encontro.
Ali o leitor se depara com o lado mais humano da alma do autor.
No instante da catarse, o texto preenche o espírito do que lê, e, juntos, são um só.
Assim o poeta se faz eterno.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

reflexão

Ah, quem me dera meu nome fosse Francisco!
Daí que eu seria alegria em meio à dor,
Vida em meio à seca,
Poesia em meio à violência e ignorância,
Fé e compaixão diante da desesperança.

Ah, quem me dera eu fosse herói!
Fosse Virgulino.
Fosse arte, de nome Vitalino.

Um apaixonado errante
Mesmo errando, nunca enganado.

Tivesse eu peito pra receber as balas de hipocrisia e zombar de seu fedor

Mas somente me encontro entre as letras.
E por essas veredas conduzo minhas mais sórdidas e limpas batalhas

Vivo por ter sonhos.
Mesmo distante, neles me inspiro.

Escrevo, não nego.
Preciso.


quarta-feira, 31 de julho de 2013

Reza

Mas, me diga quem o foi o cabra
que, por deus iluminado,
num momento inspirado,
criou o forró.

Ômi de sabedoria,
musicou a alegria
pra ficar muito mió.

Duvido que seja humano
ou cabôco normal
pra fazer coisa tão linda,
algo sobrenatural.

É paixão, é poesia
fogo que alumia
o sonho de cada dia
pro sertão não ficá só.

Ave Maria, meu São Benedito
meu Padin Ciço! Salve o forró!!! 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Refrigério

"A dor existe para todo ser senciente,
 Assim como a felicidade.
 Não que o poeta sorria ou chore mais que a todos.
 Não que ele se emocione mais.
 O segredo reside em como ele lida com as emoções.
 Alguns vivem a derramá-las em lágrimas.
 O poeta tem sede de vida,
 Sente cada momento em seu máximo.
 E para que esse turbilhão instantâneo não se prolongue
 A pena e a folha lhes são de grande compaixão.
 A mão deita sobre o papel
 O que o peito já não suporta só,
 E a alma não controla,
 Deixando para o tempo 
 A missão de confortar." 
  


"Todo verbo que é forte 
se conjuga no tempo
perto longe, o que for."

domingo, 7 de julho de 2013

Gramática

"Amar [em todos os tempos] se conjuga no infinitivo."

Consciência

"A alma de um homem é tudo que ele possui
É tudo que ele é
Sendo tudo passageiro, 
Sábio é o homem que recusa conjugar o verbo ter 
Quando necessário - quase sempre. 
Por nada possuir, eu, sonhador, fui quase tudo nessa vida.
Minha alma não encontrou fronteiras:
De teto tive o céu - imagine quantas noites vaguei pelo espaço.
Que o verbo ter seja conjugado somente na negativa!" 













quarta-feira, 5 de junho de 2013

Soneto da suplica


E se isso for um sonho,
Por favor, não me acorde.
Não me traga a decepção
De saber que tudo foi fantasia.

Deixe-me viver de ilusão
Mesmo que não vejas a razão.
Dizer que é não ter noção,
Isto é pura heresia.

Quero sonhar que tudo é um
E você é tudo.
No mais intimo e profundo,

Amor igual a ti? Nenhum.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A você

"A tristeza, outrora companheira, 
decidiu partir assim rapidamente.
Ela o fez somente pra lhe dar lugar em minha vida.
Tão somente você chegou em meu espaço,

A beleza e a poesia ressurgiram em tudo que me cerca
Veio como o nascer do sol,

 trazendo luz e encanto para toda vida que há no mundo. 
Até o pranto sorri de alegria.
Muito obrigado por você."







sexta-feira, 3 de maio de 2013

De último pedido



... E então, só me resta
Um desejo sucinto:
Que um segundo
Se torne infinito;
Quando perdido
de amor em teus laços,
gozar  da mais
doce alegria
morrendo de amor
em teu braços,
motivo da minha poesia.

terça-feira, 30 de abril de 2013

O que nos tanto falta

"Eu gostaria muito de escrever sobre algo bonito dessa vez.
Desculpe-me, não dá.
Quem deu o direito ao homem de ceifar a vida aleia?
O assassino quer, de um modo ou de outro, que todos sejam como ele:
sem vida.
Não é possível que quem mata por matar esteja em seu perfeito estado mental.
É uma  alma vazia.
Um perdido que se vê como um juiz, o anjo da morte.
Idiota, cego.
Cada vítima representa um pouco de sua própria morte.
Se é digno eu não sei, mas precisa de um corte final, piedade.
O amor  nunca, nunca fez tanta falta ao espelho do criador"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tudo que sei (o que me basta saber).

Nem poetas, nem filósofos. 
Ninguém consegue achar uma explicação.
Todas as coisas tem início no amor, 
e o amor é o fim de todas as coisas.
E amar?
Ah, amar é tudo.

domingo, 14 de abril de 2013

Última carta

Tudo começou como encanto.
Doce sabor
Um misto de alegria e sonho
Realidade fantasiosa
E cada vez que eu pegava fôlego
ia mais fundo, fundo...
Com todas minhas forças
fui me empenhando.
Quando temi enfraquecer,
me agarrei à esperança.
Essa não me deixou ver
que, aos poucos, ia morrendo, morrendo...
Cheguei a um estado de paralisia,
só esperando a última batida no peito.
E essa durou!
Sepultado amargamente
sob a desilusão,
possuo de epitáfio:
"Dói".

terça-feira, 26 de março de 2013

Amigo até o fim



Duas horas de brincadeira e aquele mesmo olhar de criança afoita para começar mais um pique alguma coisa.
Percebo ansiedade nas batidas de seu coração energicamente acelerado.
Corre para lá, corre para cá: tanta vida.
Mesmo que pareça não entender minhas palavras, basta ouvir a minha voz e ver as minhas não muitas faces para saber o que se passa: é quase um paranormal.
De imediato, ele parece desligar sua bateria e, num instante, se torna mais paciente de todos os seres.
Pronto para ouvir horas e horas de lamento; não dá sequer uma palavra por, talvez, saber que nada era para ser dito, mesmo. Eu precisaria era desabafar. Que sabedoria!
A sua inocência me faz perguntar por que temos de deixar de ser criança.

Posso muito melhorar, mas nunca serei como ele. Sempre dois passos à frente.  

Quando o vi percebendo que estava chegando sua hora, seus olhos em nada mudaram.
Mesmo assim percebi um franca tristeza que – algo me dizia – não era por saber que já estava indo, mas por que iria sem mim, seu necessitado.

Eu sabia que mesmo não havendo céu – ou sim – para ele, já tinha sua morada eterna, no livro de minhas memórias.

Após perdê-lo pude ver o quão completo fui ao seu lado e, só então pude descobrir que, mesmo parecendo estúpido:

“Todo ser humano deveria ter ou se amigo de um cão.”

Eles sabem o que é fidelidade.

sábado, 16 de março de 2013

Por que a guerra?

Será que é tão necessária assim?
Não há vencedores.
Apenas mortos e sobreviventes.
E esses nunca mais serão os mesmos.
É tolice.
Os que se enfrentam não são inimigos.
De fato, nem se conhecem.
Os interessados sabem o horror da guerra,
por isso enviam outros em seu lugar.
É covarde, desumana e desleal.
é a loucura em sua face mais monstruosa.
Guerrear para que? Para que guerra?
Viver para tirar vidas, isso mesmo?
Que propósito vulgar.
Alexandre, Cesar, Carlos, Luís, Napoleão...
São todos eles heróis?
Como se torna herói derramando sangue e em demasia?
Por favor, assim não quero ser um vencedor.
Por fim, peço:
Sirvam à HUMANIDADE,
Não às armas!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Ouçam os poetas

Por que suas lágrimas comovem? 
Por que sua dor chama a atenção?
Por que seu canto atrai?
A final, por que os poetas são saudados?
Porque eles regam nas letras suas lágrimas mais reais
Porque eles dispersam dor nas palavras
Porque suas mensagens são como música
Debruçam tanta verdade em seus sentimentos 
Que a alma do homem se encontra refletida ali.
O poeta traz ao mundo o dom da catarse.
É um intimista objetivo.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ombro amigo

"Pode rir agora ou chorar, se achar melhor.
Sei que não demora a mostrar a dor
O peito sonhador."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O encontro com um novo mundo, um encontro consigo.

Um dia pra nunca se esquecer:

Hoje, como um presente
vindo das mão divinas
meus olhos se encheram de luz
como se se abrissem as cortinas

Como que levado pelo destino
dei-me de cara com um mundo encantador
com os olhos brilhando feito um menino
viajei feito um louco sonhador

Num universo de arte e poesia
como pequeno o príncipe, voei munda afora
Encontrei amor, arte e alegria
o que me espanta até agora

Era tanta letra bela
tinha cheiro e tinha cor
Mágica linda era aquela
Como a imagem de uma flor

De Vitalino a Virgulino
De mandacaru ao Baião
é um presente nordestino
Vindo lá do meu sertão

O brigado a deus e a todos santos
este presente veio é do céu
Sou feliz, conheci os encantos
da Literatura de Cordel

                                                                                                         13/01/2013