domingo, 28 de abril de 2019

Na real, não somos assim como dizemos. É...



A gente corre, corre e corre,
mas, no final só quer isso:
 um cantinho pra sentir que é nosso
 e não estar ao relento.
Queremos pensar fora da caixa
Mas dormir e acordar entre 4 paredes
Sonhamos com o céu, contamos as estrelas
Admiramos o sol e a lua
Mas, o sono, queremos é com um teto sobre a cabeça.
Viver permite sonhar, mas segue suas próprias regras.
Um não vive sem o outro
Quando um cessa, o outro, finda.
 Viemos ao mundo sós, e sós partiremos
Mas nesse ínterim compartilhamos tudo, até o ar.
Cantamos a liberdade, mas não fazemos nada sozinhos
Pintamos a autonomia, mas somos extremamente dependentes.
Discursamos lindamente, agimos como amadores.
Viver é além de sonhar e amar não é uma coisa à toa.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

é que...

Um dia já fui bom com palavras, mais habituado às escritas.
Tinha pra mim que minhas ideias eram duradouras
e ficariam para o futuro, como as palavras em livros.
Uma vez registradas, seriam filhas da eternidade
Com o passar do tempo as palavras faladas foram ganhando
mais espaço.
Pois o agora ganhava a mesma importância que o depois.
E me parecia já não haver paciência para converter emoções em letras.
Era quase tudo um desabafo, o mais imediato apenas. 
Nada muito pretencioso.
Hoje, tempos e tempos depois, o silêncio se tornou quase soberano,
mas não um tirano. É servidão voluntária.
é que o tempo me mostrou que tenho muito mais a ver e ouvir do que dizer.
Um olhar, um gesto, um sorriso dizem mais do que eu possa expressar,
e o escrever se torna algo incompleto, pra não dizer sem serventia.
Palavras fogem, verdades fogem.
É um tanto assim o meu silêncio, o por que di meu silêncio.
Acorda o aprendiz e dorme (adormece) o poeta.

domingo, 4 de junho de 2017

Perigo



Pensando bem, flor pode ser uma combinação perigosa: cor, beleza, perfume e nenhuma proteção.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Barreiras

Desejo sutil que se embrulha no papel do tempo
Simples, mas constante, brisa perene.
Crime. Pecado. Natureza.
Vontade. Poesia. Canção? Medo.
Medo de punição ou medo de se punir
sucumbindo à pressão?
Desejo. Expectativa. Sangue, suor e saliva.
Ou apenas um rio que tentamos conter
com barreiras já bastante danificadas,
mas que parecem que não vão desabar?

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Saudade

Saudades tuas,  praieira.
Saudades tua, morena.
Gigante pequena
Teu cheiro, tua cor, teu suor, teu amor
Tua dança, teu som, tua voz, calor
Quando sopra doce vento em meu pescoço
Eu me misturo ao seu ar e me perco em seu dorso
Só quero teu colo quente, quente como seu sangue
tua pele nos rios, nas praias, no mangue
teus braços, abraços, espaços, compassos, amassos  
Cada instante que eu me completo de ti
Nem que seja em sonhos ou pensamentos
Que em todos os momentos me perguntam por que parti.

Saudade...

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

De verso, diverso, de ver são, de versão.

Amigo, amigo, a rua é grande.
E ainda existem as calçadas, não precisa caminhar junto a ninguém.
Nem seguir o rastro de quem já passou e pode estar aquém
Também não se incomode se faz seu caminho sozinho
Podemos seguir por onde quisermos, se quisermos, no saptinho.
A rua é larga, não há porque cruzar o caminho de ninguém.
Existem ruas e infindáveis ruas; para mal, para bem e para além.
Existem verdades e inverdades ocultas e nuas, feitas ou cruas.
Se quiser, escolha as suas.
A mente de ideias é um moinho.
Com todo o respeito, amigo,
Mas há muito mais que um só caminho.  


                                                                       22/09/2016

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Quando se calaram

"Quando se calaram os sinos,
 Se calaram as Igrejas,
 Os narradores,
 Os estádios,
 Os egos,
 Aí então começamos a nos ouvir uns aos outros"